BRNO é uma cidade de beleza rude. Uma típica cidade da Europa central, envolta por um ambiente frio e silencioso. As ruas gélidas, marcadas por outros tempos, contam histórias jamais esquecidas. Ruas que permanecem indiferentes ao movimento de um povo, porque do povo só se ouvem os passos.
BRNO é uma cidade de beleza invulgar. Uma cidade de igrejas e monumentos imponentes, que marcam uma história só quebrada por quem vem para não ficar. Os estudantes surgem de todos os recantos. Os estudantes aparecem, vivem uma nova experiência e partem para dar lugar a outros.
Mas o povo de quem falava parece indiferente a tudo isto. Uma recente integração na nova Europa ainda os faz tremer quando ouvem uma nova língua. Assim, são poucos os que soltam um inglês perceptível mas isso não os parece incomodar.
Portugueses, espanhóis e franceses encabeçam uma lista de estudantes aliciados por um desafio. Um desafio com uma essência que podemos perceber assistindo a um só momento. As “festas de corredor” são uma tradição em quase todas as residências universitárias de BRNO. No meio de um corredor comum juntam-se mesas e cadeiras dos vários quartos. Dos mesmos quartos de onde saem estudantes de vinte nacionalidades que se juntam para socializar. Uma só língua guia uma conversa cheia de sotaques e pronúncias criando-se uma música que todos gostam de ouvir. Histórias e piadas que saciam a fome de cultura.
Assim, Erasmus é uma porta para o mundo e uma experiência que enriquece os mais indiferentes. É uma prova para quem quer de mente aberta fazer um ensaio para uma nova vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário