sábado, 27 de outubro de 2007

"Que nunca por vencido te conheçam!"

Senhor de uma vida rendida à sua força de vontade.
“Que nunca por vencido te conheçam”, sempre diz. Porque para ele nenhum problema ou obstáculo é tão imponente como um sonho.
A solidão de uma vida fatigante fez dele um pensador. Pensamento nunca desperdiçado com situações sem préstimo. Pensamento marcado pela preocupação de ver bem quem está sempre saudoso e ansioso pelo seu regresso.
Mas a sua ausente presença é ultrapassada por uma constante lembrança. Lembrança de um passado feliz e por isso garantia de um futuro louvável.
O calculismo marca tudo o que faz. Voltas e voltas dão os seus eurónios em buscar de novas formas de gerir o seu retiro de forma exemplar.
E a sua organização!? Tanta que até irrita aqueles que de forma mais despreocupada encaram o calor da vida. Mas é essa organização que torna tudo possível.
E a sua sensibilidade!? Todos conhecem a lágrima que tantas vezes nasce quando mais fundo lhe tocam.
Quanto orgulho tenho deste ser de nome estranho que de forma tão especial me fez crescer.
Parabéns pai!!!
xD

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

E o orgulho dos filhos matou a mãe!

Carvão e borrachita são irmãos. No entanto, a partilha de atenção da mesma mãe e logicamente do mesmo sobrenome, tornou a sua relação muito conflituosa. Chamavam-se então Carvão Madeira e Borrachita Madeira.
A saúde da Sra. Madeira ficava cada vez mais complicada com a relação de ódios que os seus filhos teimavam em manter. Se um tentava criar o outro fazia-o desaparecer. Se um não criava o outro fazia-lhe a vida “negra”, gozando-o da sua inutilidade. Com tudo isto a Sra. Madeira ia encolhendo e envelhecendo.
A relação da família ia se desgastando e tudo terminou com uma acesa discussão. Um constante “escreve-apaga”, resultado do orgulho dos dois irmãos, fez a sua mãe diminuir mais e mais. A discussão foi tão longa que a Sra. Madeira desapareceu.
Agora, Carvão e Borrachita sentem-se culpados por uma vida de órfãos.


(trabalho estranho, mas cómico, exigido para a disciplina de escrita criativa. O objectivo era criar uma história entre a ponta de um lápis e a borracha presa no seu topo. Podem rir-se... Lol)

Corpo de ferro, coração de seda

A infância dura, interrompida pela necessidade do trabalho, arrefeceu-lhe o coração só aquecido pela sensibilidade de uma criança.O fervilhar do seu lado mais belo surgiu quando o Outono começava a tomar conta de si.Foi o nascer de uma nova personalidade!As suas mãos gretadas pelo pó da pedra eram seda quando deparadas pela necessidade de uma simples “muda de fraldas”.O medo do fim era deixado para trás, pelo desejo de ver bem quem por ele sempre esperava com o maior respeito pelo seu esforço.Esse fim chegou e a saudade de quem fez de nós quem somos, enche-nos de orgulho por ele ter sido quem foi e como foi.O Homem das vinte doenças e dezanove conquistas teve motivos para se sentir feliz com a sua história.Era um Homem realizado!Não teve um mas cinco filhos, escreveu o livro de uma família rendida á sua beleza e plantou-me como uma árvore agora saudosa das suas raízes.

Em tributo a um herói…

À porta do nascer

“o encontro com o berço original, o abrigo”
Para quem encontra naquele ambiente as suas raízes, todos os vulgares pormenores se tornam especiais.A indiferença quando do “berço” se fala depende das experiências lá passadas, no entanto, não há quem depois de a ele regressar não recorde o lá vivido.É bom recordar aquela conversa com a avó, aquela brincadeira com o avô e até aquele puxão de orelha da mãe, que apesar da nossa inocência de criança nos fez reflectir. A lembrança de quem lá nos acordava, todos os dias com um beijo, enche-nos de saudade, por não podermos agora ser nós a dar-lhe um beijo antes do seu adormecer.Se nascemos num berço de ouro ou mesmo de palha isso é indiferente. O importante é que foi nele que crescemos e foi ele que nos fez ser quem somos.E eu tanto me orgulho de ter crescido aos olhos de pessoas fantásticas, com uma sensibilidade incrível e que fizeram questão de guardar dentro de si o meu primeiro beijo, palavrão e até a minha primeira asneira, para hoje sorrir ao recordar tal rebeldia.É bom entrar, sentir e recordar que viemos dali. Abrir o armário e ver que o nosso monstro de infância desapareceu mas deixou o seu cheiro e ainda nos faz sentir aquele frio na barriga.Agora a saudade do nosso abrigo de criança, antecipa a criação do nosso abrigo para um futuro incerto mas sempre com o orgulho da nossa origem.

O meu amigo de infância

Dois anos nos separavam, mas o azar ou sorte talvez, nos uniu.A boa vontade de uma avó e a união para peneirar as dificuldades fez daquele desconhecido um “irmão” para sempre recordar. Os seus olhos, de um verde penetrante, radiavam a humildade de uma criança pobre mas agora feliz.Durante dez anos partilhar uma família, os brinquedos, alegrias, tristezas, no fundo, partilhar um colo com ele foi muito bom, enriquecedor até.Éramos duas crianças com um passado diferente mas com uma infância em comum. Agora tudo mudou. Somos dois jovens com um nascer diferente, uma infância em comum mas com um futuro em que apenas a lembrança daqueles anos nos liga.Hoje sou tão diferente! Ele não sei porque o mundo dos estudos e o do trabalho desenvolvem personalidades muito desiguais.Raras vezes o vejo mas quando acontece… Não sei bem o que sinto. É um misto de sensações entre a felicidade, nítida nos nossos olhos, e a angústia por nos termos separado.Mas será que me vê da mesma forma? Dará ele a mesma importância, á nossa “partilha”, como eu dou?Penso que sim. Aqueles anos foram especiais de mais para serem esquecidos.

Em homenagem a ti...

Ode à Libertinagem

O dia transforma-se em noite
A noite transforma-se em dia.
Mas lentamente quando se olha para os 18.
Os sonhos ainda não concretizados.
Os estudos que aborrecem tanto…
Xi… a noite…
A noite que nos chama constantemente.
A mesma que deixa acordados,
Quem por nós se preocupa.
Xi… o desporto…
O sonho de correr em cima de um tapete verde,
De seguir as ordens de um apito e duas bandeiras…
A realidade de poucos,
o sonho de muitos.
O meu desejo!
Ah!... Os trabalhos escolares complicados…
Resumos, notícias e… Odes!
Xi… Que nojo!
Os amigos…
constantes, ausentes, bons, maus,…
Trim, trim! Trim, trim!
Os telemóveis no bolso, tocam, vibram…
Que vício das mensagens.
O vício da comunicação!
17 anos que nunca passam.
18 anos que nunca chegam.
Xi…
Raiva que explode quando não deve.
Raiva hoje, felicidade amanhã!
Estes sentimentos inconstantes vão passar?
Passar!
Passar indiferente a tudo.
Xi… que confusão.
Curtir agora, fazer a confusão amanhã!
Porque o dia transforma-se,
Transforma-se em “noite”,
Inesperadamente, mais cedo que o planeado.
Xi… que vida!

Ter & Ser

Hoje, como no passado, o Homem sofre as mesmas necessidades e conflitos. Um dos maiores problemas é estabelecer uma relação equilibrada entre o "ter" e o "ser". Hoje o importante na mente do Homem é alcançar a maior quantidade de bens materiais, não se importando se os mesmos começam a ser demasiados para as suas necessidades. Isto porque não possui a sensação que o "ter" diminui o "ser" e assim diminui a sua liberdade. Este começou a despender toda a sua atenção e tempo para cuidar do que tem, com medo de o perder, deixando de ter tempo para cuidar do seu "ser". Quando isto acontece ocorre a perda de identidade, acompanhada de frustração, ansiedade e sensação de não chegar a lugar nenhum. Esse "vazio" é o "ser" que se perdeu. O verdadeiro desafio é o equilibrio entre o essencial e o inútil/demasiado. É ser feliz pelo que se é e não pelo que se tem.
Isto faz pensar...

Porque tudo tem um início!

Para todos os que aqui entram e se perguntam sobre a porquê deste blog existir, posso começar por dizer que esse porquê não existe. Lamento mas não sei mesmo. Há sempre aquelas noites, em que todos se lembram de fazer alguma coisa para não estarem sem fazer nada. Uns lembram-se: "ai coiso e tal, até porque sou jovem, vou para o hi5 ver o k o pessoal gosta!". Pois é... É estranho mas um blog foi a coisa mais interessante que me surgiu. Resta-me pedir paciência, para aqueles que estão a pensar ler alguma coisa de jeito mas vai ser difícil... Muito difícil...
Sejam persistentes...