Depois de um dia de trabalho, nada melhor do que me deparar com uma greve da CP.
É certo que há milhares de pessoas a precisar deste tipo de transportes para trabalhar fora da sua área de residência e que uma atitude destas lhe permitem chamar a atenção para o que exigem, mas é difícil de compreender como é que nem asseguram os serviços minimos áqueles que todos os dias fazem entrar milhares de euros na empresa.
Ontem, 23 de Março, uma mulher foi mesmo identificada na estação de Campanhã por reclamar os seus direitos. Com arrogância, os poucos funcionários da CP nem a folha de reclamações queriam entregar aos clientes. Do nada, 12 polícias entraram pela estação e identificaram a mulher, de nacionalidade brasileira.
Os comboios foram, ao longo do dia, sendo suprimidos e centenas de pessoas viram como última alternativa recorrer a familiares para resolverem a situação e regressarem a casa. Isto, porque nem meios alternativos a CP se dignou a assegurar. "Querem vão embora de taxi. Nós não pagamos nada!", diziam.
É difícil de perceber a mentalidade daqueles que, sem olhar para as consequências, decidem fazer "Greve".
Nem as ligações das primeiras horas do dia 24 deixaram de ser suprimidas? E porquê? Porque os funcionários tinham entrado em funções no dia 23 e, desta forma, ainda podiam fazer greve.
"Não queremos trabalhar!",digam.