No banco da sala de espera, enquanto muitos aguardavam as ligações de comboio para suas casas, dou por mim rodeado por uma situação constrangedora.
De um lado uma família. Pais e filhos rodeados por sacos de compras, com comida e roupa para todos. A alegria entre todos era contagiante. Os bebés pareciam saudáveis, estvam felizes e espelhavam o que de melhor podemos encontrar num filho.
Do outro lado uma mulher e um bebé ao colo. A mãe vestida com pouca roupa e com aspecto de cigana. Não, talvez romena. Mas de qualquer forma parece reconfortada pelo calor do ar condicionado da sala de espera. A roupa colorida, com padrões estranhos, parece fina, fria e a única que veste desde há muito. A seus pés está apenas uma saca. Uma saca não cheia de comida, não cheia de roupa, mas cheia de fraldas, toalhetes e leite para a criança. Uma criança com poucos meses e com pele cor de cinza. A única preocupação, perceptível no magro rosto da mãe era o filho que trazia ao colo. Com beijos tentava aquecer, minuto sim, minuto sim, a face do pobre pequeno. A criança continuava a dormir enquanto a mãe olhava para ele e a mãe continuava a olhar enquanto o bebé sonhava com ela.
De um lado roupas velhas, de outro lado roupas novas, mas em ambos os casos havia o que de melhor existe. Havia sentimento, atenção, carinho e preocupação.
Entre os dois casos apenas uma diferença estragava o cenário. O ar de superioridade de uns em detrimento de outros. Pobres coitados os pobres de espírito.
De um lado uma família. Pais e filhos rodeados por sacos de compras, com comida e roupa para todos. A alegria entre todos era contagiante. Os bebés pareciam saudáveis, estvam felizes e espelhavam o que de melhor podemos encontrar num filho.
Do outro lado uma mulher e um bebé ao colo. A mãe vestida com pouca roupa e com aspecto de cigana. Não, talvez romena. Mas de qualquer forma parece reconfortada pelo calor do ar condicionado da sala de espera. A roupa colorida, com padrões estranhos, parece fina, fria e a única que veste desde há muito. A seus pés está apenas uma saca. Uma saca não cheia de comida, não cheia de roupa, mas cheia de fraldas, toalhetes e leite para a criança. Uma criança com poucos meses e com pele cor de cinza. A única preocupação, perceptível no magro rosto da mãe era o filho que trazia ao colo. Com beijos tentava aquecer, minuto sim, minuto sim, a face do pobre pequeno. A criança continuava a dormir enquanto a mãe olhava para ele e a mãe continuava a olhar enquanto o bebé sonhava com ela.
De um lado roupas velhas, de outro lado roupas novas, mas em ambos os casos havia o que de melhor existe. Havia sentimento, atenção, carinho e preocupação.
Entre os dois casos apenas uma diferença estragava o cenário. O ar de superioridade de uns em detrimento de outros. Pobres coitados os pobres de espírito.
1 comentário:
Infelizmente vivemos, cada vez mais, num país de preconceito. Em vez de ajudarmos e de nos sensibilizarmos com estes casos fazemos totalmente o contrário, ficamos indiferentes e até nos julgamos superiores...enfim, mentes pequeninas...
Ainda bem que não somos assim, não temos a mania das grandezas e nem nos andamos a pavonear nem a esfregar na cara dos outros aquilo que temos ou deixamos de ter. A simplicidade é a maior riqueza de todas.
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